segunda-feira, 12 de março de 2012

Boa ideia ou invasão de privacidade?

Uma das coisas que mais adoro fazer como publicitária é avaliar a publicidade quando estou de folga. É muito legal ver como as pessoas são impactadas pelo trabalho que fazemos e nessa observação é possível distinguir o que é uma boa ideia ou uma invasão de privacidade com o consumidor. Tenho trazido para o blog muitos casos pessoais, onde sou impactada pela propaganda, e esse será mais um deles. 

Ontem estava almoçando com o meu marido no restaurante De Lira, que fica em Itapoã, quando vi duas promotoras entrando para fazer uma panfletagem. Primeiramente já achei estranho elas terem acesso ao restaurante. É um lugar privado e fechado - as mesas não ficam na calçada com fácil acesso. Elas tiveram a permissão do local para poder panfletar lá dentro.

Segundo, achei extremamente desagradável a ação. Elas interromperam o almoço de todas as mesas, pois faziam uma apresentação do empreendimento que estavam representando antes de entregar o panfleto. Eu estava mastigando e tive que prestar atenção nelas para não ficar chato. Depois disso, me entregaram apenas um folder, sem nada adicional.

Para mim, uma ação dessas é válida quando você oferece algo ao cliente. A propaganda já invadiu a privacidade nesse caso, pois interrompeu um momento de relaxamento para tentar vender o produto. O ideal seria oferecer um brinde, um chocolate para a sobremesa, ou seja, tentar agradar primeiro e vender depois.

Eu mesma já propus várias ações em restaurantes para os meus clientes, pois esse é um daqueles momentos em que não dá para trocar de canal, entretanto todas as sugestões foram sutis. Na maioria delas não havia nem sequer um representante da empresa (como no caso as promotoras). Nós fizemos ações em que o próprio restaurante nos representava, entregando ao cliente um mimo para que eles se lembrassem positivamente da nossa marca.

Nesse caso específico, considerei a publicidade invasiva, pois além de querer me vender um produto que eu não quero comprar, atrapalhou o meu almoço – que é uma hora sagrada, como diria Gabriel Pensador.

2 comentários:

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