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"Cansei de pensar demais
E os erros meus
Não são iguais aos erros
Que deixei pra trás
E aqueles velhos medos
Não assustam mais"
E são com os versos da Sandy que eu faço a reflexão desse final de mês de aniversário. Nunca estamos velhos suficientes para dizer que não aprendemos coisas novas todos os dias. A vantagem da experiência e o benefício do amadurecimento é poder garantir que os erros já não são mais os mesmos. Parar de errar é inevitável... erar em coisas novas é uma dádiva.
O maior aprendizado fica pela descoberta de que o medo passou, que o momento é outro e a forma de enxergar a vida é muito mais clara e cristalina, principalmente quando temos o privilégio de encontrar a fonte do que nos assusta.
Fazendo minhas típicas pesquisas pelo mundo
publicitário, encontrei ontem uma das propagandas mais intrigantes que já vi em
toda a minha carreira. Trata-se da campanha “Dumb ways to die”, que em tradução
para o português significa “Jeitos idiotas de se morrer”.
Não, você não leu errado. Estamos falando mesmo de
uma campanha publicitária que mostra jeitos muito imbecis de acabar com a
própria vida. Entretanto, ao invés de ser algo repulsivo, o vídeo é
impressionante e dá vontade de assistir um milhão de vezes. Antes de falar
sobre ele, recomendo que assistam e curtam essa que é, na minha opinião, umas
das ações mais ousadas dentro da publicidade.
A campanha foi desenvolvida para o Metrô de Melbourne
na Austrália e tem como objetivo conscientizar a população local dos perigos de
acidentes em volta das linhas férreas. Analisando só por ai, a estratégia já
seria perfeita, pois o vídeo consegue passar uma mensagem muito séria de uma
maneira completamente lúdica e divertida, fazendo com que as pessoas prestem
atenção e assimilem o seu conteúdo.
Ao mostrar o material ao meu marido ele fez um
excelente comentário de quem não é publicitário: sim, muito legal, mas deu
resultado? Com essa pulga atrás da orelha fui pesquisar, e fiquei ainda mais
impressionada com a campanha.
A estratégia de comunicação estabelecida foi mesmo
utilizar a internet para viralizar o material. Há um site da campanha muito bem
estruturado e que tem a mesma linguagem divertida, mas educativa, do VT. Além
disso, há os canais nas redes sociais – onde o Youtube lidera a ação. E, para a
minha grande surpresa e muita satisfação, eles lançaram o hit no iTunes e
disponibilizaram o download do MP3 pegando carona em uma das capas de disco
mais famosas do mundo. Maior adequação, impossível.
Não encontrei ao certo o resultado do case, até
porque ele foi lançado há apenas 1 semana. Entretanto, dá para dizer que o
sucesso é impressionante. Já são mais de 26 milhões de visualizações do vídeo
no canal oficial, sem falar nas versões legendadas e troladas que estão rolando
na internet.
De forma geral, a ação me lembrou muito um daqueles
filmes que assistimos na faculdade. Em “Crazy People”, um publicitário tem uma
crise e é internado em um manicômio, onde descobre uma nova forma de fazer
propaganda: falando a verdade. É com mensagens verdadeiras e chocantes que eles
convencem o consumidor e criam uma nova tendência mundial, onde a propaganda
foca no que é real, sendo bom ou não.
Esse é o caso de “Dumb Ways to Die” – impactar mostrando
a realidade do que pode acontecer a quem desrespeita as leis de segurança. O
grande ponto de sucesso aqui é conseguir fazer isso de uma forma tão lúdica que
as pessoas simplesmente adoram ao invés de odiar.
E, concluindo com mais um
comentário do maridão, é uma pena que um material desses não tenha sido feito
no Brasil. Infelizmente, não acredito que nossa população estaria preparada
para ver algo assim na TV aberta e tenho certeza que muitas ONGs iriam tirar o
material do ar em segundos por “chocar demais”, ou ter “linguagem inapropriada
para crianças”.
Apesar do momento Jura?! (que muito me diverte) eu sou fã mesmo é de boa propaganda. Hoje a minha semana começou inspiradora com esse vídeo de uma agência para divulgar o que é a propaganda... em uma palavra: MARAVILHOSO.
“A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega no
momento em que eu queria ver...”.
Não sei se é a crise dos 30 chegando com certa
antecedência, ou se é simplesmente a vida que está andando rápido demais, mas
essa é a frase que me define nesse final de 2012.
Essa ainda não é uma reflexão do ano, mas sinto que
nesses últimos tempos tenho sido levada pela maré, sem parar por um segundo
para perguntar se é isso mesmo que quero e, por isso, tenho empregado energia
demais fazendo o que os outros esperam de mim – e não o que eu realmente
gostaria de fazer.
Investi meses da minha vida malhando a barriguinha
para não obter resultado algum. Li diversos livros que não me levaram a “lugares
distantes, com duelo de espadas”, mas sim que só serviram para enfatizar que a
minha memória é péssima e que nem ao menos consegui gravar seus títulos – que dirá
seu conteúdo.
Tentei começar um novo negócio, daqueles que dão
prazer do início ao fim. Uma experiência legal, fazer o que gosto muito só para
variar, entretanto a experiência de anos com os números me mostrou que esse
novo hobby me dava tanto lucro quando ficar deitada lendo livro.
Passei horas e horas discutindo relações que, ao
final, continuam sem solução do mesmo jeito que estavam antes de tanto blá,
blá, blá. É como ver um barquinho ser levado pela correnteza para a margem
errada do rio e não conseguirmos alcançar a cordinha que o trará para o lado
correto.
E assim, os assuntos pendentes continuam a consumir
essa minha cabeça. O que fazer, o que dizer, pra quem dizer são apenas algumas
das perguntas que permeiam as minhas intermináveis noites de insônia. Como
certeza para tantas dúvidas fica apenas a sabedoria que todas as respostas
estão dentro de mim... eu só não tomei coragem ainda para dizê-las em voz alta.
Nessa semana eu completo mais um ano de vida. Serão 28 ao
todo e só hoje, 13 anos depois de iniciar a minha jornada de trabalho, consegui
enfim aprender uma das lições mais importantes da minha vida profissional: não
sou perfeita e, acima de tudo, não sou a única a errar.
Entreguei hoje um dos trabalhos mais importantes que já fiz.
Não só pela relevância do mesmo, mas principalmente pelo critério e criticidade
exigidos. Foram duas semanas insanas de preocupação ao extremo, com direito a
noites sem dormir, conferindo e reconferindo o material para ter certeza de que
tudo estava a contento.
Como sempre acontece nesses casos, a angústia me consumiu.
Fiquei muito preocupada se estava seguindo todos os passos e, para variar, me
cobrei ao extremo de chegar à perfeição que só existe na minha cabeça.Entretanto, ao entregar o material hoje e compará-lo ao de
outras empresas, vi que meu trabalho foi muito bem feito. Se foi perfeito ao
ponto de não ter observações negativas eu não posso dizer, entretanto encontrei
problemas em todos os outros materiais – o que mostra que se errei não fui a
única. Finalizo esse dia com muito mais do que apenas a sensação de
dever cumprido. Tiro das costas uns 70 quilos de preocupação e levo comigo um
aprendizado que, a partir de hoje, fará parte de todas as minhas ações. Errar é
humano, aprender com os erros é essencial e não se martirizar por tê-los
cometido é primordial para uma vida saudável.