sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Reflexão dos 28

"Cansei de pensar demais
E os erros meus
Não são iguais aos erros
Que deixei pra trás
E aqueles velhos medos
Não assustam mais"

E são com os versos da Sandy que eu faço a reflexão desse final de mês de aniversário. Nunca estamos velhos suficientes para dizer que não aprendemos coisas novas todos os dias. A vantagem da experiência e o benefício do amadurecimento é poder garantir que os erros já não são mais os mesmos. Parar de errar é inevitável... erar em coisas novas é uma dádiva.

O maior aprendizado fica pela descoberta de que o medo passou, que o momento é outro e a forma de enxergar a vida é muito mais clara e cristalina, principalmente quando temos o privilégio de encontrar a fonte do que nos assusta.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

"Dumb Ways to Die"



Fazendo minhas típicas pesquisas pelo mundo publicitário, encontrei ontem uma das propagandas mais intrigantes que já vi em toda a minha carreira. Trata-se da campanha “Dumb ways to die”, que em tradução para o português significa “Jeitos idiotas de se morrer”.

Não, você não leu errado. Estamos falando mesmo de uma campanha publicitária que mostra jeitos muito imbecis de acabar com a própria vida. Entretanto, ao invés de ser algo repulsivo, o vídeo é impressionante e dá vontade de assistir um milhão de vezes. Antes de falar sobre ele, recomendo que assistam e curtam essa que é, na minha opinião, umas das ações mais ousadas dentro da publicidade.



A campanha foi desenvolvida para o Metrô de Melbourne na Austrália e tem como objetivo conscientizar a população local dos perigos de acidentes em volta das linhas férreas. Analisando só por ai, a estratégia já seria perfeita, pois o vídeo consegue passar uma mensagem muito séria de uma maneira completamente lúdica e divertida, fazendo com que as pessoas prestem atenção e assimilem o seu conteúdo.

Ao mostrar o material ao meu marido ele fez um excelente comentário de quem não é publicitário: sim, muito legal, mas deu resultado? Com essa pulga atrás da orelha fui pesquisar, e fiquei ainda mais impressionada com a campanha.

A estratégia de comunicação estabelecida foi mesmo utilizar a internet para viralizar o material. Há um site da campanha muito bem estruturado e que tem a mesma linguagem divertida, mas educativa, do VT. Além disso, há os canais nas redes sociais – onde o Youtube lidera a ação. E, para a minha grande surpresa e muita satisfação, eles lançaram o hit no iTunes e disponibilizaram o download do MP3 pegando carona em uma das capas de disco mais famosas do mundo. Maior adequação, impossível.



Não encontrei ao certo o resultado do case, até porque ele foi lançado há apenas 1 semana. Entretanto, dá para dizer que o sucesso é impressionante. Já são mais de 26 milhões de visualizações do vídeo no canal oficial, sem falar nas versões legendadas e troladas que estão rolando na internet.

De forma geral, a ação me lembrou muito um daqueles filmes que assistimos na faculdade. Em “Crazy People”, um publicitário tem uma crise e é internado em um manicômio, onde descobre uma nova forma de fazer propaganda: falando a verdade. É com mensagens verdadeiras e chocantes que eles convencem o consumidor e criam uma nova tendência mundial, onde a propaganda foca no que é real, sendo bom ou não.

Esse é o caso de “Dumb Ways to Die” – impactar mostrando a realidade do que pode acontecer a quem desrespeita as leis de segurança. O grande ponto de sucesso aqui é conseguir fazer isso de uma forma tão lúdica que as pessoas simplesmente adoram ao invés de odiar. 

E, concluindo com mais um comentário do maridão, é uma pena que um material desses não tenha sido feito no Brasil. Infelizmente, não acredito que nossa população estaria preparada para ver algo assim na TV aberta e tenho certeza que muitas ONGs iriam tirar o material do ar em segundos por “chocar demais”, ou ter “linguagem inapropriada para crianças”.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

As boas merecem ser celebradas

Apesar do momento Jura?! (que muito me diverte) eu sou fã mesmo é de boa propaganda. Hoje a minha semana começou inspiradora com esse vídeo de uma agência para divulgar o que é a propaganda... em uma palavra: MARAVILHOSO.

Publicidade tem receita? from Bistrô on Vimeo.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

E é assim


“A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega no momento em que eu queria ver...”.

Não sei se é a crise dos 30 chegando com certa antecedência, ou se é simplesmente a vida que está andando rápido demais, mas essa é a frase que me define nesse final de 2012.

Essa ainda não é uma reflexão do ano, mas sinto que nesses últimos tempos tenho sido levada pela maré, sem parar por um segundo para perguntar se é isso mesmo que quero e, por isso, tenho empregado energia demais fazendo o que os outros esperam de mim – e não o que eu realmente gostaria de fazer.

Investi meses da minha vida malhando a barriguinha para não obter resultado algum. Li diversos livros que não me levaram a “lugares distantes, com duelo de espadas”, mas sim que só serviram para enfatizar que a minha memória é péssima e que nem ao menos consegui gravar seus títulos – que dirá seu conteúdo.

Tentei começar um novo negócio, daqueles que dão prazer do início ao fim. Uma experiência legal, fazer o que gosto muito só para variar, entretanto a experiência de anos com os números me mostrou que esse novo hobby me dava tanto lucro quando ficar deitada lendo livro.

Passei horas e horas discutindo relações que, ao final, continuam sem solução do mesmo jeito que estavam antes de tanto blá, blá, blá. É como ver um barquinho ser levado pela correnteza para a margem errada do rio e não conseguirmos alcançar a cordinha que o trará para o lado correto.

E assim, os assuntos pendentes continuam a consumir essa minha cabeça. O que fazer, o que dizer, pra quem dizer são apenas algumas das perguntas que permeiam as minhas intermináveis noites de insônia. Como certeza para tantas dúvidas fica apenas a sabedoria que todas as respostas estão dentro de mim... eu só não tomei coragem ainda para dizê-las em voz alta.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Errar é humano

Nessa semana eu completo mais um ano de vida. Serão 28 ao todo e só hoje, 13 anos depois de iniciar a minha jornada de trabalho, consegui enfim aprender uma das lições mais importantes da minha vida profissional: não sou perfeita e, acima de tudo, não sou a única a errar.

Entreguei hoje um dos trabalhos mais importantes que já fiz. Não só pela relevância do mesmo, mas principalmente pelo critério e criticidade exigidos. Foram duas semanas insanas de preocupação ao extremo, com direito a noites sem dormir, conferindo e reconferindo o material para ter certeza de que tudo estava a contento.

Como sempre acontece nesses casos, a angústia me consumiu. Fiquei muito preocupada se estava seguindo todos os passos e, para variar, me cobrei ao extremo de chegar à perfeição que só existe na minha cabeça.Entretanto, ao entregar o material hoje e compará-lo ao de outras empresas, vi que meu trabalho foi muito bem feito. Se foi perfeito ao ponto de não ter observações negativas eu não posso dizer, entretanto encontrei problemas em todos os outros materiais – o que mostra que se errei não fui a única.

Finalizo esse dia com muito mais do que apenas a sensação de dever cumprido. Tiro das costas uns 70 quilos de preocupação e levo comigo um aprendizado que, a partir de hoje, fará parte de todas as minhas ações. Errar é humano, aprender com os erros é essencial e não se martirizar por tê-los cometido é primordial para uma vida saudável.
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