sábado, 27 de novembro de 2010

"Happily Ever After"

A primeira vez que reconheci a expressão "Happily Ever After", ou simplesmente "Felizes para Sempre", foi em um dos meus desenhos da Disney. Direcionado principalmente para as princesas dos contos de fadas, esse destino encantado era o final perfeito para qualquer história.

Porém, ultimamente até os contos de fadas estão se alterando, se ajustando aos novos conceitos de sociedade, família e, principalmente, com o que representa o "Happily Ever After" para as mulheres modernas. Tá achando que é papo feminista ou que eu estou exagerando, né? OK, eu me explico em exemplos.


Primeiro, a Disney lançou "Encantada". Tirando sarro dos próprios contos de fadas, o filme conta a história de uma princesa dos desenhos animados que é expulsa para o mundo humano. A modernidade começa por ai, onde saímos do imaginário para entrar na realidade - a princesa inclusive surge do esgoto de Nova York.

Seu grande sonho é se casar com o Príncipe Encantado, que diga-se de passagem ela conheceu há apenas um dia. Encorajada pelo mocinho do filme, ela começa a entender de liberdade feminina e que, apesar de ser necessário, um homem não deve ser o único motivo da vida e felicidade de uma mulher. No fim ela termina com o mocinho, porém toda convencida de que essa é uma escolha - e não aquela obrigatoriedade sem fim que as princesas tinham de viverem "Felizes para Sempre".


Seguindo, como segundo exemplo apresento o novo lançamento da Disney. Apesar de ainda não ter assistido o filme, o trailler já contribui bastante para a minha teoria. Em uma releitura da famosa Rapunzel, temos nesse enredo um "príncipe" ladrão e uma princesa que, apesar de ter ficado presa em uma torre toda a sua vida, é mega espertinha e, ao encontrar o cara, te dá uma incrível surra com seu cabelo enorme, mostrando que seu grande sonho e ambição não é apenas ficar sentada esperando o príncipe encantado a tirar de lá.



E em terceiro lugar, ficando por último propositalmente, deixo a vocês a história de "A Princesa e o Sapo". O grande retorno dos estúdios Disney a animação convencional trouxe uma história que em nada se compara aos contos de fadas, apesar do nome. Com o cenário de Nova Orleans (que nada tem a ver com as terras encantadas), o filme conta a história de uma humilde moça que tem como sonho ser dona do seu próprio restaurante.
O famoso refão "foi você, somente você, a mesma visão, aquela do sonho que eu sonhei" está fora de cogitação para essa "princesa". Ela trabalha dia e noite para sustentar a casa e vê sua vida mudar quando beija um sapo que se diz príncipe. Mais uma vez tirando sarro de todas as convenções dos contos de fada, a humilde moça é transformada em uma sapinha - irritante inclusive.

Ao chegarmos ao "Felizes para Sempre" dessa história, encontramos mocinha e mocinho transformados em humanos novamente e gerenciando, juntos, o grande restaurante que ela conseguiu comprar e contruir. A música tema fala de sucesso profissional e superação pessoal para alcançar objetivos.

Como eu disse, atualmente até o "Happily Ever After" é moderno...

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