domingo, 10 de junho de 2012

Carro não se discute


Dizem que política e religião são dois assuntos que não se discute. Eu incluiria nesse hall de “tabus” o assunto carro. Ai você se pergunta: mas por que carro, Gaby? Esse é um dos assuntos preferidos do brasileiro e os homens adoram falar a respeito. Como assim ele não deve ser discutido?

Não digo simplesmente falar de carro, mas sim sobre a escolha deles. Já pararam para perceber como a escolha de um carro é pessoal? É mais ou menos como escolher um político ou uma religião: são critérios que mudam de pessoa para pessoa e, consequentemente, vai ter um monte de gente que não vai concordar com a sua escolha.

Comecei a perceber isso quando fomos trocar de carro pela primeira vez. Naquela época a família do meu marido só tinha tido Volkswagen a vida toda. Para eles era a melhor marca e não havia possibilidade de troca, por mais que outros automóveis fossem bons. Meu sogro ainda vivia o terror do “Fiat 147” e, por isso, abominava essa marca.

Entretanto, o melhor carro avaliando custo e benefício que encontramos foi um Pálio. A guerra com o preconceito lá em casa foi sinistra, entretanto o bolso saiu ganhando. Passamos 4 anos com esse automóvel e em nada podemos reclamar. Ele nos atendeu muito bem, gastando pouco em manutenção e rendendo muito em gasolina. Na venda ele continuou na família e tem demonstrado o mesmo desempenho até hoje.

Foi nesse momento que começou a busca pelo novo automóvel e ai entrou novamente o meu questionamento sobre gostos muito pessoais sobre carros. Eu disse que queria manter minha parceria com a Fiat. Tinha alguns modelos em mente, até mesmo de outras montadoras, mas minha paixão estava com o Punto.

A maior parte dos meus amigos não concordou comigo. Tenho uma amiga em especial que disse que nunca compraria um Fiat. Para ela carro e Chevrolet e pronto. Já outros defendiam categoricamente a Volks e não encontrei uma única opinião que fosse unânime entre todos os consultados. Confesso que não vi nenhuma defesa a favor da Ford – e isso foi o máximo de concordância que encontrei.

Depois de muito pesquisar, fazer um test drive aqui e outro lá, pendemos mesmo foi para o Pálio. Dessa vez ficamos com o modelo novo que tem sido um achado em nossas vidas. Além de lindo, o carro é muito econômico e divino de se dirigir. É bem equipado e o motor responde à altura quando solicitado. O carro é zero KM, então ainda não posso falar sobre manutenção.

E é aqui, na conclusão, que volto ao tema principal do post. Não dá para se discutir sobre carros, pois eles são únicos – apesar de produzidos em série. Cada um dá a sorte ou azar ao comprar um veículo e são as nossas experiências com ele que vão determinar o amor ou ódio à marca.

Concluo isso com base no vídeo abaixo - que acabei de assistir no site do “Slogans Sinceros”. Alguém muito revoltado com a Fiat resumiu sua experiência em uma propaganda muito bem bolada sobre a dificuldade da manutenção do seu carro. Entretanto, eu sou obrigada a não concordar, pois a minha história com os meus carros da Fiat é completamente diferente.


Portanto, apenas resumindo, política, religião e carro não se discute.

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