Existe um tipo de filme que te passa uma lição de vida em apenas
algumas horas, mudando todo o seu conceito sobre o que é realmente importante
para se viver. Pois é, esse é exatamente o tipo de “O Impossível”, filme que
está em cartaz nos cinemas nesse final de ano.
Essa é a história real de uma família que passou pelo Tsunami da
Tailândia em 2004 e caracterizar o filme como um drama é muito pouco para
expressar o que vemos no cinema. Acredito que tenha sido um dos filmes mais
tocantes e “reais” que já assisti. São duas horas de intenso pesar, onde
acompanhamos a agonia de uma família que luta para sobreviver à força da
natureza e encontrar seus entes queridos.
Com cenas que vão muito além do que vimos nos noticiários da TV há 8
anos atrás, o filme mostra o lado sentimental da onda que arrasou dezenas de
casas e matou centenas de pessoas. É possível sentir o que essas vítimas
passaram. Foi impressionante enxergar pelo prisma de alguém que estava lá a
quantidade de mortos, a destruição e o desespero do “pós onda”, onde os que
sobreviveram, mesmo muito necessitados, só tiveram acesso ao mais precário
tratamento médico, afinal toda a estrutura da região havia sido prejudicada.
Foi impossível conter as lágrimas e, em algumas cenas, até mesmo o
desespero. Ver do que o ser humano é capaz para salvar vidas e, principalmente,
acompanhar todo o amor que essa família teve e o quanto cada um não desistiu do
outro de jeito algum foi algo que me mudou.
Me sinto uma pessoa diferente, com uma visão mais humana. Depois de
terça feira (quando assisti o filme) me declarei sem problemas. Meus pequenos
contratempos do dia a dia não são nada comparado a algo como o que passou essa
família. A experiência é deles e é única, mas serve para aprendermos a dar
valor ao que é necessário e deixar de lado assuntos que, sinceramente, não
merecem tanta atenção.
O trailer não faz jus ao filme, mas mesmo assim vou deixá-lo aqui para
conhecerem o pouco. Indico a todos essa mudança de prisma, mas já aviso de antemão:
preparem o coração e o lenço... chorar durante as duas horas de filme é
inevitável.
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