Quando a televisão surgiu ela era um objeto de luxo. Além de
reunir todos os membros de uma família em uma única sala, ela ainda atraia toda
a vizinhança, uma vez que ter um aparelho desses era coisa rara. Ao longo do
tempo ela foi se popularizando e chegamos ao ponto de termos no Brasil casas
sem geladeira, mas com TV.
Na minha adolescência símbolo de status era ter uma
televisão própria, no seu quarto. Era o máximo da individualidade ser dono do
seu próprio controle remoto. Ano após ano essa tendência foi crescendo e o “on
demand” surgiu desse nicho: transformar a programação em algo personalizado, onde
cada um pudesse assistir ao que quisesse.
Com a expansão da internet, essa individualidade ganhou
força com o Youtube. Com apenas um clique se tem acesso a clipes,
documentários, filmes e assuntos de todos os interesses disponíveis em local e
horário personalizados – você escolhe o que quer e quando quer. Seguindo esse
caminho surge o Netflix e popularização da tecnologia de gravar a programação
da TV.
Cada pessoa está em uma sintonia. Brasileiros curtem NBA e
comentam sobre a final do Super Bowl. Os seriados americanos viraram os
queridinhos da nação, mas cada um está em um episódio e o horário do café da
empresa virou sinônimo de spoiler: se não quer saber quem morreu em Game of Thrones
é melhor pular esse horário de confraternização.
Essa mudança de comportamento não para de me impressionar.
Sou de uma época em que campanha de sucesso era lançada no Fantástico e o
jingle estava na boca do povo na segunda feira; que se esperava pelo seu clipe
predileto nas “Mais Pedidas” da MTV; que o programa predileto dos adolescentes
era “Programa Livre”. O mais impressionante é que não tem nem 15 anos que o
mundo era assim
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