Montar o roteiro é a parte mais legal da viagem,
mas também a mais complexa. Pessoas um “pouquinho” controladoras – tipo eu –
têm um pouco de dificuldade de se jogar em uma nova cidade sem saber o que as
espera, então planejar o que fazer é inevitável. Mesmo que você não seja assim,
vale dar uma olhadinha em algumas dicas que podem te orientar – não a fixar
totalmente o que fazer, mas encontrar o que há de melhor em cada cidade.
Onde ficar
Pra mim é um dos pontos mais críticos. Não sou
totalmente fresca, mas também não considero que hotel seja feito só para
dormir. Para definir onde vou ficar em uma viagem utilizo algumas técnicas:
1) Pesquise o melhor lugar da cidade: visite vários
sites e blogs que contem um pouco da cidade e de seus atrativos. “O melhor
lugar da cidade” é aquele onde você vai poder ir a mais lugares que te
interessam a pé, pois assim dá para ver bastante coisa e economizar em
transporte. Se for uma cidade pequena, isso interfere pouco e, nesses casos,
para ter uma referência de onde fica o “centro”, localize em um mapa onde estão
os bancos. Se você parar para reparar irá perceber que as agências bancárias,
em qualquer cidade, são muito bem localizadas.
2) Decidindo entre as opções: definido onde você
quer ficar, faça uma pesquisa de preços nos hotéis da região. Para descobrir
esses lugares eu sempre faço duas buscas:
- Booking – é um site de hotéis pela internet e vai te apresentar diversas opções.
- Google Earth – dá para localizar a região e pedir que ele te mostre os hotéis e pousadas que tem em cada rua (OTIMA FERRAMENTA).
Normalmente eu não costumo comprar por
sites de hotel. Prefiro mandar um e-mail direto para o estabelecimento e, posso
garantir, acaba saindo mais barato. Além disso, gosto de entrar no site de cada
um e olhar o que oferecem em termos de quarto, lazer e café da manhã.
Para facilitar a minha vida nessa parte
de orçamentos, pois sempre vejo o preço com pelo menos uns 10 hotéis, tenho o
hábito de fazer um mapa personalizado no Google Maps. Nele eu vou marcando a
localização dos hotéis e os preços. Dessa forma, consigo visualizar quem me
oferece a melhor opção entre pagar barato e ficar mais perto dos meus pontos de
interesse, além do fato de eu não ter que ficar voltando para o site do hotel
para lembrar onde ele fica na hora do orçamento ou de bater o martelo. Usar
essa técnica é muito fácil e, a quem interessar, segue um vídeo simples de como
fazer.
3)
Batendo o martelo: tendo em mãos os hotéis que
fiquem dentro da minha expectativa de localização e custo, sigo dois últimos
passos antes de fechar: recomendação e visão do local – ambos bênçãos que a
internet nos proporciona.
A
recomendação é simples. Vá em sites como o Booking , TripAdvisor, Hoteis.com e
Reclame Aqui. Os três primeiros são sites de viagens e os hóspedes costumam
deixar a sua avaliação, analisando itens como higiene, conforto e serviço.
Sempre vão existir opiniões negativas, então pondere bem e veja o que é mais
importante para você. Já o Reclame Aqui vai te dar uma visão de problemas mais
sérios e, se seu hotel aparecer nesse site, evite ficar nele.
Já a visão do local é alcançada através
do Google Street View, onde você vai, literalmente, ver se o lugar condiz com o que
o site apresenta. Essa ferramenta é excelente, pois você consegue mensurar as
distâncias e, principalmente, garantir que está ficando em um lugar bacana. É o
fim das surpresas desagradáveis.
Onde comer
Meu principal meio de busca são blogs. Os sites
especializados são bem legais e trazem muita informação, mas os blogs são
pessoais e você sempre encontra relíquias naquilo que as pessoas trazem para
seus ambientes virtuais.
Dia desses recebi um comentário no meu post de
Arraial D’Ajuda onde um leitor me disse que já tinha ido à cidade, mas não
tinha percebido tudo o que eu vi. Ai está a graça: quem tem um blog olha tudo
com o interesse de compartilhar, então acaba trazendo muita coisa legal de suas
experiências.
Como “o que comer” é muito relativo, vamos nos ater
a pequenas dicas do que aproveitar em uma cidade nova em termos de gastronomia:
1) Economize no almoço para gastar na janta:
normalmente é uma ótima opção, pois o jantar é sempre algo mais pomposo e,
obviamente, mais caro.
2) Comida típica: não deixe de experimentar uma
comida típica do lugar. Gramado, por exemplo, é famosa por seus fondues – que são
indispensáveis. Mesmo que a grana esteja curta, reserve um dinheirinho para
pelo menos um jantar que pode ser inesquecível.
3) Lanches rápidos: outra boa opção são as
padarias. Elas são muito parecidas em todo lugar e vão te oferecer um lanche
rápido com um custo bem viável.
Onde ir
Aqui sim os sites especializados vão te dar uma
visão mais ampla da cidade e te apresentar todas as opções turísticas. Mesmo
assim, não deixe de olhar os blogs, pois eles vão trazer aquela visão mais
intimista e é possível que você encontre um lugarzinho super legal para
visitar, mas que não é tão turístico assim.
Nessa pesquisa mapeie quais são os pontos que
combinam com você para montar um roteiro. Depois de listar todos eles, fique
atento às seguintes informações:
- Dias e horários de funcionamento
- Restrições de entrada (idade / altura / alimentos / câmera fotográfica)
- Recursos disponíveis (estacionamento / aluguel de bicicletas)
- Tickets de entrada (valor / forma de pagamento / como comprar)
Essas informações parecem um saco, mas são
essenciais na montagem de um roteiro. Já passei por situações onde programei um
determinado ponto turístico em um dia que ele não abria e fiquei sem fotos por ter
que deixar a máquina fotográfica onde ela não podia entrar.
Para parques de diversões, como a Disney ou os
nacionais Playcenter e Hopi Hari, a grande dica é estudar o mapa do parque com
antecedência. Nesses lugares o “onde ir” fica por conta dos brinquedos que você
quer andar ou das atrações que quer assistir. Analisar o mapa antes vai te
permitir conhecer o parque e chegar mais rápido nesses lugares. Dessa forma
você economiza tempo andando (e se perdendo) e, no fim do dia, vai ter ido a
muito mais atrações sem ter se cansado tanto.
Sobre montar roteiros, a minha grande inspiração
veio de uma série que assisti há muitos anos: Desempacotando com Ricardo
Freire. O Ricardo é, como ele mesmo diz, um viajante profissional e sua função
é trazer coisas novas e diferentes. O site dele é feito por vários jornalistas
e também por construção coletiva dos leitores. Já a série é composta por vídeos
super legais. Vou deixar abaixo o 1º capítulo de uma que adoro. Daí pra frente,
basta seguir o “próximo vídeo” no Youtube que você encontra todas as que ele já
fez até hoje. Vale a pena assistir.
OUTROS CAPÍTULOS DA SÉRIE:
Como planejar uma viagem - Planejamento. Acesse aqui
Como planejar uma viagem - Escolhendo o destino. Acesse aqui
Como planejar uma viagem - Como chegar. Acesse aqui
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