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Imagem do blog "Estranha Beleza" |
Nada é mais verdadeiro do que dizer que a vida é feita de escolhas. Das mais simples às mais complexas, estamos sempre divididos entre o que queremos e suas consequências, tendo que escolher entre o que é melhor ou o que é menos prejudicial.
Por acontecer sempre era de se esperar que fosse um processo
fácil, para o qual temos a resposta de imediato apenas analisando com calma o
cenário. Ledo engano. As escolhas nos complicam a vida e empacam o andamento de
tudo aquilo onde precisamos sair, nem que seja um pouquinho, da nossa zona de
conforto.
Entre “casar ou comprar uma bicicleta” está o dilema de como
queremos viver a nossa vida. Em uma análise superficial, seria como escolher
entre assumir compromissos ou simplesmente sair por ai dizendo carpe diem ao vento. Infelizmente, o
cenário se complica ao envolvermos todas as variáveis dessa escolha.
O casar representa a escolha por constituir família, ter
filhos, criar laços, ser estável e, com isso, estar preso a uma rotina, ao
emprego que paga as contas, ao dia a dia que vai do “eu te amo” ao “por que
você não tirou o lixo?”. A bicicleta é um bicho solto no mundo, solteiro, que
leva a si próprio e a vida de forma mais leve, sem amarras ou pressões e,
assim, não constitui patrimônio, carreira sólida ou laços.
E a cada dia, a cada nova decisão, mais escolhas são exigidas de nós. E quanto mais traçamos o caminho de certas escolhas, mais difícil fica voltar atrás. Refletimos e ruminamos em cima do famoso "e se", pensando como teria sido diferente caso tivéssemos pegado à direita ao invés da esquerda em uma das tantas encruzilhadas da vida.
Felizes aqueles que conseguem, mesmo que traçando caminhos que não levaram ao destino correto de primeira, serem corajosos de fazer novas escolhas e, mais uma vez, encarar o grande ciclo das certezas e incertezas que cada tomada de decisão nos traz, afinal não há um manual que explique o que é certo ou errado ao fazer escolhas.